terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu me compadeço pelo sofrimento de amor alheio.

Na verdade não sei se me compadeço ou se me deprimo porque eu vejo uma galera que ama tanto e sofre tanto e penso que "poxa, podia me amar assim que eu retribuiria com todo o amor que eu tenho", sabe?

Esse lance de amor é tão chato! É tão chato amar a pessoa errada e sofrer, é tão chato quando você ainda tá cheia de amor e o amor do outro já se esgotou, é tão chato você ver alguém que você poderia amar sofrer por amar alguém errado. É tão chato!
Uma vez eu li: " Se a gente não amasse exageradamente no começo, não precisava chorar exageradamente no fim ". Mas pensando bem seria tão ou mais chato ainda. Amor sem sofrimento, amor sem cicatrizes. Uma vida sem cicatrizes!
Que graça teria?
E que graça tem agora?
Que graça tem o sofrimento?
E o amor?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Porra, eu tinha 16 anos quando eu tive que decidir o que eu queria fazer pro resto da vida (pelo menos na teoria).

Me inscrevi em Direito. Mudei pra Jornalismo e depois pra Direito de novo, e mais uma vez pra Jornalismo e na última semana fui no SIGA implorar pra mudarem pra Direito. Segunda opção: Jornalismo. Passei em Direito e aqui estou..

O primeiro período foi ruim, mas me conformei porque afinal "primeiro período de qualquer curso é ruim", como escutei milhares de vezes.
O segundo período foi razoável, na verdade foi melhor pelas companhias, sabe? As festas, as bebedeiras, as loucuras.. Aí quando eu me dei conta já tinha acabado o semestre.
Agora, esse terceiro período foi o cão. Teve festa, teve loucura, teve churrasco, mas eu não fui. Porque esse povo de direito não me agrada muito. Eu não suportava mais as aulas, eu não suportava mais os professores e no final, eu não suportava nem mesmo as pessoas.

Aí, eu ai eu paro pra pensar no que eu aprendi até agora e percebo que porra, um ano e meio praticamente a toa. Eu sei argumentar muito bem, mas já sabia antes de entrar na faculdade, meu poder de persuasão é incrível mas E? Me pergunte a matéria em sí. Me pergunte o que eu tive em história do direito, me pergunte o que eu sei sobre tipicidade do crime, ou sobre as condições da ação. Eu não sei. Eu não quero saber e eu tenho raiva de quem sabe.

Aí eu escuto diariamente " Mas se você não tá gostando desiste e vai fazer o que você quer". MEUCU, vou fazer jornalismo e ser pobre? Porque eu conheço uma galera de gente que fez jornalismo e se 3 trabalham com isso tão ganhando mil reais por mês e porra, com mil reais por mês eu faço o que? Curitiba não tem área de atuação pra jornalista. Se tem é como free lancer, ganha mixaria e ai?!

Mas aí eu penso que assim, somente as pessoas bem sucedidas ganham dinheiro. E somente as pessoas que fazem o que gostam são bem sucedidas. E eu vou ser uma advogada frustada que vai terminar a faculdade, não vai passar na prova da ordem e vai vender pastel na feira.

Mas porra, eu tenho só 18 anos. O que uma guria de 18 anos sabe da vida?

E porque simplesmente a gente não pode nascer destinado a fazer uma coisa, sabe? Mas fazer bem feito. Porque eu realmente acredito que algumas pessoas nasceram destinadas a fazer tal coisa, tipo Einsten, ele nasceu pra ser físico. Travis Barker, ele definitivamente nasceu pra ser baterista. Mas e eu? Nasci pra ser o que? E se eu faço parte daquelas pessoas atoas que não nasceram destinadas a nada e vão virar vendedores de pastel de feira? Eu não tenho nada contra vendedores de pastel de feira, eu só não quero ser uma.

E se eu largar o Direito, começar Jornalismo e ver que não, não era aquilo que eu queria? Eu vou virar uma vendedora de pastel de feira sem ensino superior?

Quem sabe seja mais fácil eu continuar direito, e me dedicar um pouco mais. Afinal, se tudo der certo com 21 anos eu tô formada e aí quem sabe eu já sei o que fazer da vida.

Mas quem falou que eu tenho/ quero optar pelo mais fácil? Porque não me arriscar? Porque não sair de Curitiba pra tentar fazer algo que eu realmente (acho) que quero?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Bati o carro.

Mas bati o carro porque sou uma pessoa doente, porque se eu fosse normal nada teria acontecido!

Sabe, meu cérebro é uma coisa bizarra. Ele funciona em uma frequencia absurda 24 horas por dia. Eu penso em milhões de coisas ao mesmo tempo, os pensamentos se confundem, se misturam e acaba virando tudo um grande drama.
Aí eu também crio histórias, sabe? Eu invento coisas na minha cabeça que se tornam histórias completas e sempre com um final feliz. Ou não!

Enfim, eu estava indo pra faculdade, ouvindo música incrivelmente alta e pensando em várias coisas, óbvio. Lembrei do que tinha acontecido no dia anterior e pensei em como tudo poderia ter sido diferente. Pensei não. Vizualizei todo o acontecimento vivido anteriormente,mas de forma diferente. Da forma que eu realmente gostaria que tivesse acontecido. Com um lindo final feliz. Aí eu voltei pra realidade e o sinal estava fechado, mas sabe?! Eu estava muito ocupada com meus pensamentos pra prestar atenção nele. Pois é, não deu outra.

Bati o carro!

Enfim, o carro amassou, minha mãe surtou, mas a questão não é essa. Na verdade eu nem sei qual é a questão!

Só sei que se eu fosse um pouco mais normal, teria visto o sinal vermelho, não teria batido o carro, não teria levado uma mijada da minha mãe e não estaria aqui agora, pensando em como eu tenho problemas!

terça-feira, 23 de março de 2010

Nada no mundo é melhor do que viajar. Não digo nem pelo destino final, que hoje pra mim é o que menos realmente menos importa, mas só pelo fato de pegar a estrada, sabe? Sem ter ninguém para interromper seus pensamentos.
Pensamentos esses, que a semanas me atormentar e eu não sei bem o porque.

Janelas totalmente abertas, vento na cara, musica alta e uma sensação sei lá, de liberdade. Dos meus pensamentos, dos meus dramas e das minhas dores. Assim, na estrada, eu posso expressar tudo o que estou sentindo; seja cantando a musica o mais alto que eu consigo, seja chorando a ponto de não enxergar mais pra onde estou indo ou seja por essa vontade absurda de não parar mais o carro, de não mais voltar pra onde eu estava, de não mais viver o que eu estava vivendo.

eu li em um blog esses dias:

" O problema é quando vou embora, quando chego em casa. Quando estou sozinho. O
problema é estar sozinho há tempo demais. Muito sozinho. E por isso essa vontade
de sumir daqui. De estar em outro lugar. De viver outra vida qualquer. De sair
dirigindo até a gasolina acabar e depois andar até minhas pernas cansarem... até
eu cansar. Porque estou cansado. De tudo. "

E sabe? É exatamente o que eu estou sentindo. Sem tirar nem por. É ISSO.

É um simples cansaço da vida assim. Tantas vezes vazia.


segunda-feira, 22 de março de 2010

Eu certamente poderia publicar um livro se eu juntasse tudo o que eu já escrevi quando precisava falar e não podia (ou não queria). Certamente também esse livro precisaria de um ótimo revisor porque eu escrevo mal e porcamente. Tenho problemas com virgulas, acentos e concordancia. Mas me sinto bem escrevendo, me faz bem escrever e libertar todo e qualquer tipo de sentimento que me atormenta.

Uma dica? Não leia esse blog. É babaquice. São sentimentos na maioria confusos que darão em textos ridiculos.

Mas né? Se é o que me faz bem.